Neurociências e Psicologia 6 de setembro de 2023, 10:59 06/09/2023

Como entendemos as outras pessoas?

Autores

Jovens revisores

Ilustração de uma mulher com expressão cabisbaixa, atrás dela, um homem tenta interpretar que sentimento a expressão da mulher passa. 

Resumo

Imagine o seguinte: você entra na sala de aula e vê sua amiga sentada sozinha em uma mesa. Percebe que ela está olhando para baixo, com ar taciturno. Com base nessas pistas, você provavelmente conclui que sua amiga está triste. Mas como você ficou sabendo disso? Uma das maneiras pelas quais seu cérebro consegue saber é ao simular ou copiar mentalmente o que vê a outra pessoa fazendo. Você não ignora que, quando está triste, fica taciturno e baixa os olhos, logo é provável que sua amiga também esteja triste. Embora existam outras hipóteses para explicar como o nosso cérebro entende os outros, vamos nos concentrar na simulação e no modo como algumas células especiais no cérebro – chamadas neurônios-espelho – podem ajudar a tornar possíveis as simulações. Primeiro, examinaremos experimentos de neuroimagem, em macacos e em humanos, nos quais usamos a tecnologia para obter uma pista da atividade cerebral. Essas atividades cerebrais nos ajudam a entender melhor a simulação. Por fim, discutiremos distúrbios como o autismo, que dificulta o entendimento das ações, intenções e emoções alheias.

Geralmente, não levamos em conta o fato de que a maioria das pessoas é realmente boa em entender os outros. Para ilustrar a importância dessa habilidade, vamos começar com um exemplo do livro The Curious Incident of the Dog in de Night-Time [O curioso incidente do cão no período da noite], de Mark Haddon, que tenta nos mostrar como uma pessoa com autismo vê o mundo [1]: 

Meu nome é Christopher John Francis Boone. Memorizei todos os países do mundo com suas capitais e todos os números primos até 7.057. 

Oito anos atrás, quando conheci Siobhan, ela me mostrou esta ilustração:

e eu sabia que ela significava “triste”, pois foi o que senti quando encontrei o cachorro morto.

Depois, ela me mostrou esta ilustração:

e eu sabia que ela significava “feliz”, como quando leio sobre as missões espaciais da Apollo ou fico acordado até as 3 ou 4 horas da manhã, podendo andar para cima e para baixo na rua e fingir que sou a única pessoa no mundo. 

Depois, ela desenhou algumas outras ilustrações:

 mas fui incapaz de dizer o que significavam. 

Pedi a Siobhan para desenhar muitos desses rostos e depois escrever ao lado deles exatamente o que significavam. Guardei o pedaço de papel no bolso e o tirava quando não entendia o que alguém estava dizendo. Mas achava muito difícil decidir qual dos diagramas era mais parecido com a expressão que eles estavam fazendo porque os rostos das pessoas se movem muito rapidamente.  

Quando contei a Siobhan que estava fazendo isso, ela pegou um lápis e um pedaço de papel e disse que minha atitude provavelmente fazia as pessoas se sentirem muito 

Bem, somos diferentes do narrador, Christopher. Entender os sentimentos dos outros parece fácil para nós – somos especialistas nisso, e o fazemos quase automaticamente ao longo do dia. Se você entende que sua amiga está triste, ao se aproximar sabe que deve perguntar como ela está se sentindo e tentar confortá-la. Da mesma forma, você pode se comportar de forma adequada se interagir com novas pessoas que pareçam tristes, zangadas, felizes ou qualquer outra coisa. Mas, na verdade, não é nada fácil! É algo até impossível para pessoas com certos distúrbios, como o autismo. Às vezes, elas não conseguem entender os pensamentos e sentimentos dos outros, sentir empatia por eles (sentir o sentimento dos outros) ou até mesmo reconhecer que os outros podem ter pensamentos e sentimentos diferentes dos seus. 

Os filósofos (que são pensadores profissionais) e psicólogos (pessoas que estudam o comportamento humano) há muito tempo se preocupam com a questão de como conseguimos entender os outros, muito antes que surgisse a neurociência (o estudo do cérebro) como campo de estudo. Os filósofos e os psicólogos elaboraram várias teorias e discutiremos duas muito importantes, mas concorrentes, que ainda estão em debate. 

A primeira teoria, muitas vezes conhecida como “Teoria da Teoria” [2], basicamente afirma que as pessoas desenvolvem seu conhecimento cotidiano do mundo empregando as mesmas estratégias mentais que os adultos usam na ciência. Ou seja, elas criam teorias. Essas teorias permitem que crianças pequenas façam previsões sobre novas evidências, interpretem evidências e expliquem evidências. Assim, a primeira vez que eu vir a minha amiga olhando para baixo, de rosto taciturno, poderei inicialmente pensar que ela está feliz – essa seria a minha primeira teoria sobre ela. No entanto, ao concluir, depois de algumas vezes, que eu estava errado, saberei que essa postura provavelmente significa tristeza. 

A segunda teoria é com frequência chamada de “Teoria da Simulação” [3]. Diz essencialmente que, quando queremos entender o que outra pessoa está fazendo, pensando ou sentindo, nossa mente simula, ou recria, as mesmas ações, como se nós mesmos as estivéssemos executando. A partir dessa simulação, a mente descobre o que a outra pessoa deve estar sentindo. Então, se vejo minha amiga olhando para baixo com o semblante taciturno, minha mente simula essas ações. A partir dessa simulação, entendo que, quando me sento assim numa cadeira, geralmente estou triste e então decido que minha amiga provavelmente também está. Em alguns casos, isso pode causar um efeito de “contágio emocional”, onde as emoções de outra pessoa se revelam contagiosas ou “cativantes”. Você sorri ao ver outra pessoa sorrir ou se encolhe ao ver alguém sentindo dor (veja a Figura 1). 

Figura 1. Exemplos de simulação. A imagem à esquerda, de alguém bocejando, geralmente faz com que outras pessoas também bocejem (isso é conhecido como “efeito bocejo”). A imagem do meio pode fazer você se encolher, como se sentisse a dor do outro, e a imagem da direita pode fazer você sorrir ou até mesmo ficar feliz (mas cuidado, essas emoções são contagiosas!). 

Embora existam muitas hipóteses sobre como nosso cérebro entende os outros, vamos nos concentrar na segunda teoria e explicar de que modo os neurônios-espelho no cérebro podem estar envolvidos nesse processo. 

O que são os neurônios-espelho?

Os neurônios-espelho são células do cérebro que reagem quando você executa uma ação específica e quando vê alguém realizando uma ação semelhante. Os neurônios-espelho receberam esse nome porque “refletem” as ações dos outros, como um espelho. Foram descobertos primeiro em macacos pelo professor Giacomo Rizzolatti [4]. Ele e sua equipe usaram eletrodos (dispositivos de medição) no cérebro do macaco para registrar a atividade de muitas células cerebrais individuais. Os pesquisadores estavam interessados no sistema motor do cérebro, que controla o movimento do corpo, e procuravam detectar células ativas nessa função quando o macaco praticou uma ação específica, como pegar uma banana.

Surpreendentemente, algumas células cerebrais respondiam tanto ao ato de pegar a banana quanto ao de ver o pesquisador segurá-la (Figura 2). Além disso, não responderam a imagens estáticas de comida ou a fotos do pesquisador, sugerindo que aqueles neurônios podiam estar ajudando o cérebro a representar como o pesquisador interagia com a banana [4]. A equipe de pesquisa pensou que o acionamento de células cerebrais do macaco, enquanto ele via alguém realizar uma ação, poderia ser crítico para ajudá-lo a entender as ações praticadas pelos outros. Embora essa descoberta fosse muito emocionante, os pesquisadores sabiam que era possível que os neurônios-espelho só existissem em macacos e que os humanos talvez tivessem uma maneira diferente de entender as ações dos outros. 

Figura 2. Uma ilustração do experimento do neurônio-espelho de macaco. Os neurônios-espelho estão ativos quando o macaco pega uma banana e quando ele vê o pesquisador fazer o mesmo. 

Após a descoberta dos neurônios-espelho no macaco, muitos estudos em humanos foram conduzidos sobre esse sistema. Alguns empregaram uma técnica chamada imagem por ressonância magnética funcional (ou fMRI, na sigla inglesa): uma máquina “escaneia” o cérebro e registra quanta atividade cerebral ocorre em cada parte dele em determinado momento, detectando alterações associadas ao fluxo sanguíneo. Outros estudos empregam um método chamado eletroencefalografia (EEG). O EEG usa eletrodos para medir a atividade cerebral, mas é diferente do método usado pelo dr. Rizzolatti em sua pesquisa com macacos. O EEG mede a atividade elétrica do cérebro com eletrodos colocados no lado de fora da cabeça de uma pessoa e não dentro do cérebro. Como os eletrodos estão do lado de fora, o EEG só pode registrar a atividade geral de muitos (milhões) de neurônios ao mesmo tempo, não a de apenas uma célula.

Mas colocar os eletrodos do lado de fora da cabeça é muito mais fácil para pesquisar humanos (veja a foto de Jennifer!). Usando o EEG, os pesquisadores foram capazes de mostrar que a atividade cerebral em humanos é parecida com a que o professor Rizzolatti viu no cérebro do macaco. Esses pesquisadores ajudaram a identificar as regiões do cérebro que respondem tanto ao ato de observar alguém realizando uma ação quanto ao de a própria pessoa realizá-la. Elas estão localizadas principalmente nas áreas frontal e parietal do cérebro, bem como no córtex sensório-motor (consulte a Figura 3 para saber sua localização [5]).

As regiões do cérebro que responderam a esses experimentos desempenham muitas funções também são ativas em outras tarefas, como planejamento, fala, sensação de toque, movimento e tomada de decisões. Isso nos mostra como o cérebro é complexo – provavelmente não existe nenhuma região para “compreender os outros”, mas sim redes de regiões que trabalham juntas para ajudar-nos a entender coisas diferentes.

O EEG e o fMRI são muito úteis, mas, como medem a atividade do cérebro a partir da superfície da cabeça da pessoa e não do interior do cérebro, os resultados muitas vezes não são tão claros quanto os pesquisadores desejariam. 

Figura 3. A. Uma ilustração de nosso experimento ECoG. As mesmas regiões do cérebro estão ativas quando os pacientes observam um trecho de filme de alguém agarrando um objeto e quando eles próprios o agarram. B. A imagem acima mostra exemplos de redes ECoG implantadas diretamente nos cérebros dos pacientes. C. A imagem inferior à esquerda mostra um modelo do cérebro de um paciente ECoG, com os locais com atividade especular em branco. As partes do cérebro que contêm regiões especulares são também destacadas em cores diferentes. À direita, vemos a atividade média de um eletrodo e observamos que ele mostra mais atividade durante a visualização (no lado esquerdo do gráfico) e o ato de agarrar (no lado direito do gráfico). 

Em seguida, decidimos examinar neurônios-espelho humanos com um método chamado eletrocorticografia (ECoG). O ECoG mede os sinais cerebrais com pequenos eletrodos colocados sob o crânio do paciente. Como o procedimento contém riscos, é feito apenas em casos raros, em pacientes que já aguardam uma cirurgia no cérebro. Esses pacientes precisam de cirurgia e dos eletrodos para ajudarem no tratamento de uma doença chamada epilepsia, que causa convulsões no cérebro. Em alguns casos, remédios não funcionam para controlar as crises epilépticas e o único modo de combatê-las é encontrar e remover a parte do cérebro que está funcionando mal e causando o problema.

Para descobrir exatamente qual parte do cérebro provoca as convulsões, os neurocirurgiões implantam esses eletrodos no cérebro por uma ou duas semanas. Durante esse período, muitos pacientes se ofereceram como voluntários para a pesquisa, enquanto estavam com os eletrodos implantados diretamente em seus cérebros (veja a Figura 3). Isso permite que os pesquisadores aprendam muito mais sobre o cérebro: o ECoG nos faz saber com mais precisão qual área do cérebro estamos medindo e, ao mesmo tempo, facilita a determinação, em milissegundos (um milésimo de segundo), da frequência dos eventos. 

Em nosso experimento de ECoG, pedimos aos pacientes que realizassem uma tarefa muito semelhante à realizada com macacos. Os pacientes viam o vídeo de uma mão segurando um objeto (copo, garrafa ou lápis), esperavam um pouco para memorizar a ação e, em seguida, eram solicitados a segurar o mesmo objeto quando ele estivesse realmente na frente deles. Notamos uma atividade cerebral semelhante em regiões de neurônios-espelho tanto quando os participantes assistiam à ação como quando eles próprios a executavam (consulte a Figura 3 para uma ilustração do projeto e um exemplo dos resultados). 

A resolução, ou imagem clara, que o ECoG forneceu nos permitiu observar propriedades mais detalhadas dessas regiões de neurônios-espelho. Por exemplo, descobrimos que algumas áreas do cérebro estavam ativas apenas durante a preensão e a observação da preensão, enquanto outras estavam ativas também durante o período de espera. As áreas ativas durante o período de espera podem ser usadas para fins de memória, ajudando-nos a “ensaiar” o próximo movimento e talvez não sejam, de fato, locais puros de neurônios-espelho. Em um estudo usando-se uma técnica semelhante, neurônios-espelho foram encontrados para ações manuais e expressões faciais em muitas áreas cerebrais diferentes, também fora dos locais clássicos de neurônios-espelho [6].

Esses resultados sugerem que as propriedades especulares podem ser encontradas em neurônios ao redor do cérebro todo, sugerindo que provavelmente têm um papel importante nos seres humanos. 

Podemos entender outras pessoas que sejam diferentes de nós?

Você pode achar fácil entender o que sua amiga sente quando está triste, mas talvez seja mais difícil captar as reações de pessoas que cresceram em países diferentes do seu, seguem outra religião ou conjunto de valores, ou apresentam deficiências que você não conhece. Isso nos leva a uma questão importante: se usamos a simulação para entender os outros, também a usamos para entender pessoas muito diferentes de nós?

Alguns estudos procuraram responder exatamente a esta pergunta: como simpatizamos com alguém que não é como nós? Vamos tentar ilustrar como esse experimento é conduzido. Observe a Figura 4 e tente sentir o que a pessoa, em cada uma das imagens, está sentindo. Agora vem a reviravolta: imagine que as pessoas nessas imagens são diferentes de você. Elas sentem dor quando tocadas por um cotonete, mas não quando são picadas por uma agulha. Agora, olhe as imagens de novo e tente sentir o que essas pessoas estão sentindo. Você consegue fazer isso? 

Figura 4. Exemplos de imagens mostradas a participantes em experimentos para entender pessoas iguais ou diferentes de você. Tente imaginar o que as da imagem estão sentindo. Agora, tente imaginar que elas sejam diferentes de você: o cotonete as machuca, mas a agulha não. Você consegue fazer isso? 

Acontece que as pessoas podem entender quem é diferente delas. E enquanto algumas regiões do cérebro respondem automaticamente a qualquer coisa que pareça dolorosa para nós (como ser picado por uma agulha, talvez pelo processo de simulação), outras regiões do cérebro mostram ativação apenas quando vemos a dor de outra pessoa. No entanto, outras regiões mostram ativação sempre que vemos algo aparentemente doloroso para nós mesmos ou para a outra pessoa, ainda que esta sinta dor por coisas diferentes das que provocam a nossa (como o toque de um cotonete [7,8]). De fato, os neurônios-espelho provavelmente não contam toda a história e fazem parte de uma rede mais ampla de regiões que nos ajudam a entender os outros [9]. 

O que acontece quando não podemos simular? 

O que acontece quando não conseguimos entender adequadamente as ações e sentimentos dos outros? Algumas pessoas com doenças como o autismo têm dificuldade em entender as ações, intenções ou emoções alheias (como o Christopher da história no começo deste artigo). Além das dificuldades de interação com outras pessoas, esses distúrbios costumam gerar também comportamentos repetitivos e limitados, dificuldade em imitar os outros e habilidades de linguagem restritas.

As pessoas com autismo não parecem diferentes das demais, mas tendem a se diferenciar na forma como interagem socialmente, tal como no exemplo apresentado no início deste artigo. É importante notar que existe toda uma gama ou espectro dos diferentes sintomas do autismo. Embora seja provável que muitos processos cerebrais diferentes contribuam para as diferenças comportamentais que vemos no autismo, alguns pesquisadores acreditam que uma falha no sistema de neurônios-espelho possa ser uma das causas [10]. Uma melhor compreensão dos processos cerebrais que nos ajudam a entender os outros também pode contribuir para nossa compreensão desses complexos distúrbios sociais. 

Conclusão

A capacidade de entender os outros é parte importante de nossas vidas diárias, tanto para confortar um amigo quanto para entender a perspectiva de estranhos que talvez sejam diferentes de nós. Uma maneira de nossos cérebros fazerem isso é simular as ações e sentimentos de outras pessoas mediante um sistema de neurônios-espelho. Desse modo, quando vemos uma pessoa praticando determinada ação ou agindo de determinada maneira, nosso cérebro simula essas ações e nos permite entendê-la. Esse processo é geralmente fácil e automático, mas pode ser difícil para indivíduos com distúrbios sociais como o autismo. 

Glossário

Autismo: Termo geral para um grupo de distúrbios complexos do desenvolvimento do cérebro. Esses distúrbios são caracterizados por níveis diferentes de dificuldade na interação social, comunicação verbal e não verbal, e comportamentos repetitivos. 

Empatia: Capacidade de sentir o que a outra pessoa está sentindo, para “colocar-se em seu lugar”. 

Teoria da teoria: Aprendemos a entender os outros desenvolvendo e testando teorias sobre seu comportamento ou emoções. 

Teoria da simulação: Entendemos os outros porque nosso cérebro simula, ou copia, aquilo que os vemos fazendo; em outras palavras, nosso cérebro está ativo do mesmo modo que o deles. 

Neurônio-espelho: Célula especial no cérebro responsável por duas coisas: ver uma certa ação ou expressão ou reproduzir essa ação ou expressão. 

Imagem por ressonância magnética funcional (fMRI, sigla inglesa): Maneira de observar a atividade cerebral que mede o fluxo sanguíneo. 

Eletroencefalografia: EEG. Modo de observar a atividade cerebral com eletrodos colocados sobre o couro cabeludo de alguém; mede os campos elétricos criados por muitos neurônios quando são acionados. 

Eletrocorticografia: ECoG. Modo de observar a atividade cerebral com eletrodos colocados sob o crânio de alguém; mede os campos elétricos criados por muitos neurônios quando são acionados. Esse método só pode ser usado em pessoas que precisam de cirurgia para tratar a epilepsia. 

Epilepsia: Condição que causa tremores súbitos, descontrolados e violentos do corpo, resultantes de repetidas contrações e relaxamentos musculares, chamados de convulsão. As convulsões acontecem quando há atividade elétrica incomum no cérebro. 

Agradecimentos

Os autores agradecem a Melissa Y. Reyes por suas ilustrações maravilhosas para as Figuras 2 e 3 e à classe de jovens revisores por suas sugestões ponderadas para melhorar o artigo. Este trabalho foi apoiado pela EU Marie Curie Global Fellowship (para AP). 

Referências

[1] Haddon, M. 2003. The Curious Incident of the Dog in the Night-Time. Nova York: Doubleday.

[2] Gopnik, A. e Wellman, H. M. 1992. “Why the child’s theory of mind really is a theory.” Mind Lang. 7:145–71. DOI: 10.1111/j.1468-0017.1992.tb00202.x.

[3] Goldman, A. I. 1992. “In defense of the simulation theory.” Mind Lang. 7:104–19. DOI: 10.1111/j.1468-0017.1992.tb00200.x.

[4] Gallese, V., Fadiga, L., Fogassi, L. e Rizzolatti, G. 1996. “Action recognition in the premotor cortex.” Brain 119:593–609. DOI: 10.1093/brain/119.2.593.

[5] Rizzolatti, G. e Sinigaglia, C. 2010. “The functional role of the parieto-frontal mirror circuit: interpretations and misinterpretations.” Nat. Ver. Neurosci. 11:264–74. DOI: 10.1038/nrn2805.

[6] Mukamel, R., Ekstrom, A. D., Kaplan, J., Iacoboni, M. e Fried, I. 2010. “Single-neuron responses in humans during execution and observation of actions.” Curr. Biol. 20:750–6. DOI: 10.1016/j.cub.2010.02.045.

[7] Lamm, C., Meltzoff, A. N. e Decety, J. 2010. “How do we empathize with someone who is not like us? A functional magnetic resonance imaging study.” J. Cogn. Neurosci. 22:362–76. DOI: 10.1162/jocn.2009.21186. 

[8] Perry, A., Bentin, S., Bartal, I. B. A., Lamm, C. e Decety, J. 2010. “Feeling’ the pain of those who are different from us: modulation of EEG in the mu/alpha range.” Cogn. Affect. Behav. Neurosci. 10:493–504. DOI: 10.3758/CABN.10.4.493.

[9] Zaki, J. e Ochsner, K. K. 2012. “The neuroscience of empathy: progress, pitfalls and promise.” Nat. Neurosci. 15:675–80. DOI: 10.1038/nn.3085.

[10] Rizzolatti, G. e Fabbri-Destro, M. 2010. “Mirror neurons: from discovery to autism.” Exp. Brain Resp. 200:223–37. DOI: 10.1007/s00221-009-2002-3. 

Citação

Stiso, J. e Perry, A. (2016). “How do we understand other people?” Front. Young Minds. 4:18. DOI: 10.3389/frym.2016.00018. 

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